quarta-feira, 2 de julho de 2014

Adeus, Meninos (1987)

Au Revoir, les Enfants / Louis Malle / Bom-Excelente!

Torrent com legenda (MKO): http://makingoff.org/forum/index.php?showtopic=838

Ficha Técnica:

Título Original: Au Revoir, Les Enfants
Ano de Lançamento: 1987
Diretor: Louis Malle
País: França
Gênero: Drama

Sinopse:
França, inverno de 1944. Julien Quentin (Gaspard Manesse) é um garoto de 12 anos que frequenta o colégio Sr. Jean-de-la-Croix, que enfrenta grandes dificuldades devido a 2ª Guerra Mundial. Lá ele se torna o melhor amigo de Jean Bonnett (Raphael Fejto), um introvertido colega de classe que Julien posteriormente descobre ser judeu.

Elenco:
Alain Clément
Ami Flammer Florent
Arnaud Henriet Negus
Benoît Henriet Ciron
Christian Sohn
Daniel Edinger Tinchaut
Detlef Gericke
Francine Racette Mme Quentin
François Berléand Père Michel
François Négret Joseph
Gaspard Manesse Julien Quentin
Irène Jacob Mlle Davenne
Jacqueline Paris Mme Perrin
Jacqueline Staup Infirmière
Jean-Paul Dubarry Père Hippolyte
Jean-Sébastien Chauvin Laviron
Luc Etienne Luc Étienne
Marcel Bellot Guibourg
Michael Becker
Michael Rottstock
Michel Ginot
Pascal Rivet Boulanger
Peter Fitzsimmons Muller
Philippe Despaux
Philippe Morier-Genoud Père Jean
Raphaël Fetjo Jean Bonnet/Jean Kippelstein
René Bouloc Le restaurateur
Richard Leboeuf Sagard
Stanislas Carré de Malberg Stanislas Carré De Malberg
Thomas Friedl
Xavier Legrand Babinot

Comentário: 
Atenção! Comentário solto. Recomendo que só leia quem assistiu. 
Existem filmes que são assim: até a sua metade não demonstram nem um pouco ser o que serão, apenas chegando em ¾ percebemos o real sentido e o término é de lucubrar de emoção. Que neste caso é forte e delicada.

Acho que o filme se diferencia mesmo dos demais envolvendo nazistas e judeus, “Adeus, Meninos” não se utiliza de nenhuma brutalidade física para causar comoção, não que filmes que façam isso tenham essa pretensão, mas mostrar a pura realidade. De toda forma, o diretor deste encontra uma maneira sutil de exibir essa brutalidade com sutileza.

Destaque também para as situações do internato. Tem tudo o que é preciso para tratar a rebeldia da formação infantil, mesmo que esses sejam os “futuros” padres, não lhes faltam as características da época, como Bullying, atitudes depravadas (incluindo até mesmo referência à masturbação, cuja cena achei bastante hilária, ainda mais quando um dos alunos que observava dizia à Julien Quentin: “Dizem que deixa você burro.”), leituras proibidas, que, diga-se de passagem, é uma sacanagem de classe, algo que seria bem diferente em nosso amado Brasil que não tem a menor intimidade com os livros (lá crianças liam livros volumosos por pura diversão).

E quem não sentiu um carinho especial pelo genial Bonnett? O talento dele junto com a sua personalidade introvertida me cativou durante a película toda. Serve igualmente como mais um peso para a obra, por representar a perca de pessoas que poderiam ser bastante valiosas para a sociedade por consequência da irracionalidade nazista. Foi de cortar o coração quando descobriram ele, a maneira como ele guardou seus pertences e se despediu de seus colegas, especialmente de Quentin.

Ao final:
“Bonnett, Negus e Dupré morreram em Auschwitz. Padre Jean, no campo de Mathausen. O colégio reabriu em outubro de 1944. Mais de 40 anos passaram, mas até minha morte, lembrarei de cada minuto desta manhã de janeiro.” Sensação máxima de “Au Revoir, les Enfants”, tive a impressão que envelheci e vi o tempo passar junto com o Quentin.
(04/07/2014 – 15h34min)

Avaliação: Bom-Excelente!

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