sexta-feira, 26 de junho de 2020

Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas (2010)

Lung Boonmee Raluek / Apichatpong Weerasethakul / Bom-Excelente!

Torrent com legenda: https://filmescult.net/tio-boonmee-que-pode-recordar-2010/

Ficha Técnica:

Título Original: Lung Boonmee Raluek Chat
Ano de Lançamento: 2010
Diretor: Apichatpong Weerasethakul
País: Tailândia
Gênero: Drama, Mistério
Gêneros Especiais: Espiritualidade, Cult

Sinopse:
Sofrendo de insuficiência renal, Tio Boonmee resolveu passar os últimos dias de sua vida recolhido em uma casa perto da floresta e ao lado de entes queridos. Durante um jantar com a família, o espírito de sua esposa falecida aparece para ajudá-lo em sua jornada final.
A eles se junta Boonsong, filho de Boonmee que retorna após muito tempo metamorfoseado em outra forma de existência. Juntos, eles percorrerão o interior de uma caverna misteriosa, onde Boonmee nasceu em sua primeira vida.
O filme faz parte da obra multimídia Primitive Project. Palma de Ouro no Festival de Cannes 2010.

Elenco:
Jenjira Pongpas

Comentário:
Bem, o que dizer desse filme? Este foi um comentário penoso, porque quase nada tenho a dizer, até porque pouco entendi sobre a obra desse diretor tailandês de singular nome, que diga-se de passagem, achei que fosse um palavrão ou trollagem, rs.

Vou começar então pelo título em Br. A primeira impressão que tive é que a fita se basearia em uma personagem de grande capacidade mediúnica que deliberadamente podia recordar suas vidas passadas. Porém, o filme surpreende ao mostrar que não, tio Boonmee é apenas um singelo senhor diagnosticado com uma doença terminal, apesar da simplicidade de sua índole, ela passava muitas sacadas sábias e um comportamento refinado com a espiritualidade, que inclusive, toda sua família, mesmo os mais jovens, também demonstravam certa maturidade com o além, mesmo pouco compreendendo e moderadamente temendo.

Essa foi a característica que gostei bastante, longos planos sequências, quase nenhum movimento de câmera, personagens que ficam de frente com o desconhecido. A cena da moça no lago me lembrou o vanguardismo nos filmes do Kim Ki-duk, de tal maneira que até comparei esse diretor indiano (ainda vou aprender a escrever esse nome, custe o que custar, rs) com o sul-coreano. Ambos originais.

Enfim, não vou me arriscar a desvendar os mistérios dessa enigmática obra apenas em primeira vista, tem muito simbolismo e possivelmente tem relação com a religião local. Só me arrisco em dizer que foi uma grande experiência com a primeira película que vejo desse diretor. Um excelente filme! Ponto de partida para mais!

P.S.: Aquele final é para dá um nó na cabeça, nem precisou tanto como "Inception" ou "Pi". Música de fundo maravilhosa!
(26/06/2020 - 17:30hs)

Avaliação: Bom-Excelente!

Algumas imagens:





Rambo da Amazônia


Ficha Técnica:

Título Original: Rambo da Amazônia
Ano de Lançamento: 2013
Diretor: Castro Junior
País: Brasil
Gênero: Ação, Comédia
Gêneros especiais: Nada de especial tem esse filme, talvez a insuperável despautério.

Sinopse:
O Vilão ambicioso quer dominar o mundo e sequestra a Princesa em apuros, uma bela professora de biologia. O Herói Cóti no início recusa o chamado à aventura, mas depois segue seu destino de salvador da pátria. Os Capangas incluem referências cômicas, e ao mesmo tempo bizarras.
Rambo da Amazônia é uma aventura com uma bela dose de humor.

Comentário:
Para que possamos saber o que é excelente, temos que conhecer o péssimo. Esse curta é uma verdadeira lição de como fazer algo ruim, tosco, amador, de gosto asqueroso. O humor aqui é uma tristeza, o brasileiro tem mania de fazer humor com tudo, por isso que o país é uma palhaçada. Até que esperei algo interessante. 

Avaliação: Ruim.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Parasita (2019)

Gisaengchung / Bong Joon-ho / Excelente!

Torrent Dual-Áudio com legenda: https://www.torrentdosfilmes.tv/parasita-torrent-bluray-720p-1080p-4k-dual-audio-download-2019-completo/


Ficha Técnica:

Título Original: Gisaengchung
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Bong Joon-ho
País: Coreia do Sul
Gênero: Comédia, Drama, Thriller
Gêneros especiais: Confinamento

Sinopse:
Toda a família de Ki-taek está desempregada, vivendo num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos.

Elenco:
Song Kang-ho
Park Seo Joon
Choi Woo Shik
Jo Yeo Jung
Lee Seon-gyoon
Park So Dam

Comentário:
Sem palavras para uma obra de arte de tamanha envergadura, Bong Joon-ho está no mesmo patamar de ilustres diretores sul-coreanos, como Kim Ki-Duk (Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera / Casa Vazia / O Arco / Time / Arirang) e Park Chan-wook (Trilogia da Vingança / I'm a Cyborg, But That's Ok / Zona de Risco / Sede de Sangue).

Quando fiquei sabendo que Joon-ho fez "Parasita", responsável por obras interessantes e marcantes como "Mother" e "Barking Dogs Never Bite" (esse útimo um tanto de mau gosto, mas registra bem a polêmica do realizador e seu ácido humor negro), logo associei com a sua película "O Hospedeiro", que apesar de bem aclamada, não tinha gostado. Todavia, em "Parasita" ele acerta com veemência!

A obra usa e abusa de maneira genial com as analogias de um homem rato em Internet como o próprio parasita, uma espécie de ser que não produz, apenas usufrui as produções alheias (cinéfilos chatos e rabugentos também são, brincadeira, rs), achando que tem até mesmo o direito de roubar Wifi. Pessoas com tanta determinação em usar os conhecimentos disponíveis na Web com más intenções podem causar grandes catástrofes sociais (Fake News, Cyberbullying), e pior, uma família inteira compartilhando do mesmo "ideal". Parasitas não perdem oportunidades, não consideram bons ou ruins organismos, eles querem apenas o melhor para eles.

Alto lá! Aqui também não é uma crítica ao uso da Internet (quase ninguém falou disso), o que inicialmente aparentava ser uma análise à pessoas oportunistas querendo se dá bem às custas dos tubarões, é igualmente o inverso mais tarde. Depois de pensar um pouco antes de finalizar meu comentário, acredito que seja uma crítica tanto ao capitalismo (tubarões) e ao comunismo (parasitas). Resumindo como ataque as desigualdades sociais na Coreia como no mundo inteiro.

 Bong Joo-ho registra engenhosamente tantas metáforas para justificar o título de sua mais nova obra-prima, que nós, espectadores, ficamos atordoados com tamanha genialidade (diversas vezes dava "stop" só para bater palmas, levantar da cadeira, respirar um pouco, tamanha chuva de sensações estava sentindo).

Outro detalhe instigante é que o diretor mantém a marca que o cinema sul coreano conseguiu nos últimos tempos, de fugir completamente dos itinerários comuns e apresentar gratas e opíparas novidades. Chegava a tal momento em que desejávamos que o desfecho dessa família terminasse em tragédia, pois eles estavam indo longe demais. Só não esperei que fosse a tanto, essa surpresa foi bem gratificante. Desde o princípio, o filme não fez questão de justificar essa degradação e todas essas estratégias funcionaram positivamente. O final da obra é bastante severo, tétrico, simbólico, metafórico e carimba de uma vez por todas que o crime não compensa.

Um filme magistral: 4,5 ESTRELAS!

Avaliação: Excelente!

Algumas imagens:




Nessa cena, quase me apaixono por essa atriz. Coisa linda! :)

terça-feira, 23 de junho de 2020

Dark Star (1974)

Dark Star / John Carpenter / Regular-Bom.

Torrent com legenda: https://filmescult.net/dark-star-1974/

Ficha Técnica:

Título Original: Dark Star
Ano de Lançamento: 1974
Diretor: John Carpenter
País: Estados Unidos da América
Gênero: Comédia, Ficção Científica, Thriller

Sinopse:
Misto de ficção e comédia, o filme traz quatro astronautas na nave Dark Star. Eles têm como missão destruir planetas instáveis no universo e quando estão perto de completá-la, passam a enfrentar uma série de confusões.

Elenco:
Dan O'Bannon (Sgt. Pinback)
Brian Narelle (Lt. Doolitle)
Cal Kuniholm (Boiler)
Dre Pahich (Talby)

Comentário:
A premissa da obra poderia ser fundamentalmente analisar o comportamento dos astronautas em uma longa expedição pelo espaço e o colapso psicológico que isso causaria. Um pouco parecido com os efeitos da quarentena que experimentamos com a Covid-19, claro que no caso da tripulação, não se compara. A ideia da película é ótima, entretanto, não a executa tão bem (quiçá quisesse que o roteiro fosse totalmente sisudo).

Começando pela meta da exploração. Sério mesmo que eles ficaram tão fatigados com a viagem e isolamento, que a única coisa que os mantiam em movimento era explodir planetas "instáveis"? Em primeira mão, soaria lastimável atitude, mas dando um pouco mais de crédito ao filme, talvez sirva como crítica ao comportamento humano, principalmente às pessoas estadunidenses fascinadas por explosões ou a própria guerra. Porque tanta coisa de revelante a ser feita, a única coisa que eles queriam fazer era destruir planetas, isso chega a ser uma afronta a Astronomia e a Astronáutica, contradizendo todo o sentido dessas ciências.

Tem algumas incongruências incômodas em Dark Star, chegando a ser um despautério, os tripulantes encontram vida inteligente e a tratam como um lixo, tamanho o tédio que eles sentem ao ficar mais de 3 anos confinados, o filme poderia trabalhar mais essa condição da psique para que pudéssemos aceitar com mais condescendência suas negligências. Porém, não o fazem. Apresentam-nos um ET disforme e bastante tosco, construindo algumas cenas de humor negro, se perdendo no sentido. Embora o objetivo do filme seja a comicidade, ele também da margem a assuntos bem sérios, podendo até mesmo confundir a classificação do gênero. Eu, por exemplo, assisti achando se tratar de um drama espacial.

Por essa falha de percepção, terei que rever daqui a algum tempo. Todavia, por hora, classifico apenas como regular. 3 Estrelas.
P.S.: Aquela conversa com a bomba foi tudo, rs!
(23/06/2020 - 18:43hs)

Avaliação: Regular-Bom.

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quinta-feira, 18 de junho de 2020

Ragnarok (2020 - )

Ragnarok / Jannik Johansen, Mogens Hagedorn / Bom

Torrent com legenda: https://comandostorrents.com/ragnarok-1a-temporada-completa-torrent-2020-dual-audio-5-1-dublado-web-dl-1080p-download-via-torrents

Ficha Técnica:

Título Original: Ragnarok
Ano de Lançamento: 2020
Diretores: Jannik Johansen, Mogens Hagedorn
País: Noruega
Gênero: Drama, Fantasia

Sinopse:
No norte da Noruega, a poderosa família Jotun teme que a chegada de um jovem desajustado possa ser um sinal de que os temidos deuses nórdicos retornaram.

Elenco:
David Stakston
Emma bones
Herman Tommeraas
Jonas Strand Gravli
Synnove Macody Lund

Comentários sobre a 1ª Temporada:

1º Episódio: New Boy / Nota 8,5

Bem, iniciei essa série por causa do Proj. Mid Season 2020 e também porque o nome me chamou bastante atenção, já que acompanho Vikings, enfim, acredito que a maioria também foi por esse motivo. Estou pensando em não mais ser influenciado por esse Proj. porque fiquei desorientado, a intenção era só assistir um episódio, mas não me conformei e mais uma série que entra para a minha grade, só para me dá ainda mais trabalho, rs.

Primeiramente o episódio já começa ao som de "Midnight City". Estremeci. Meu Deus, que início! Não tinha mais ideia do que pudesse acontecer. Bem provável que essa introdução era uma imagem bastante pessoal para o autor da série. A narrativa é bastante característica, não sei bem explicar, entretanto, me deu uma sensação a lá "Les Revenants", talvez pelo clima europeu e seco da narrativa.

Magne e Laurits muito bem apresentados. Magne o típico tímido certinho com alguns problemas sociais, nada tão grave. Laurits é o oposto, bem deslocado e com sarcástico humor. O legal que aqui a série já procura fugir dos clichês de fitas teens quando novatos chegam no colégio, o massacrante bullying, pelo contrário, até mesmo Magne é bem recebido pela turma. Outro ponto legal também que Ragnarok não forçou muito a trama de um Spider-Man descobrindo seus poderes, não arranjou uma briga absurda na escola para dá aquele impacto.

Destaque para a seleção de elenco parental. Fjor e seu pai Vidar são absurdamente parecidos, fiquei pensando na possibilidade de serem pai e filho na vida real, porque se não, que épica escolha de atores.

E claro, o ponto mais marcante do episódio foi a coragem de eliminar uma personagem tão firme como a Isolde, quem poderia imaginar? Isso com toda certeza que não ocorreria em produções norte-americanas, só que no cinema europeu, tudo é possível. Embora eu ainda ache que a Isolde volte de alguma forma, esperança de alguém que foi doutrinado pelos clichês, rs.

2º Episódio: 541 Metros / Nota 9
Agora tive a sensação de está assistindo "13 Reasons Why". Um Clay retornando à sala e não vendo mais a sua Hannah. Muito triste. Mesmo assim gostei da narrativa seca, sem romantizar a situação, o que ocorreria na maioria das séries teens.

Sinto que estou deixando de lado um dos elementos mais relevantes da trama: Quem exatamente são aqueles dois senhores que passaram (ou despertaram) os poderes de Magne? E pelo visto, outros que têm seus poderes mitológicos despertos não desconfiam a presença deles. Algo me diz que esses dois senhores (um senhor e uma senhora) serão elementes chaves na história.

Um ponto interessante que o enredo não fez suspense à genuína causa da morte de Isolde, um grande ponto positivo para a série se diferenciar, já que na maioria essa questão ficaria em aberto até o fim da temporada. Agora resta saber o que exatamente é essa fábrica.

Ainda estou entendendo qual é a filosofia de vida dessa surreal família a lá "Crepúsculo", adiantando um pouco, que dança bizarra foi aquela no baile? Vergonha alheia estampada em minha cara, rs. Aproveitando aqui para destacar igualmente as diversas abordagens que notei à naturalidade do que a sociedade vê com preconceito. Primeiro, a relação surreal entre os membros da família "Crepúsculo" (ainda não sei como os chamar), pais e filhos usando o mesmo banheiro sem o menor pudor, Saxa com a maior intimidade debochando de seu pai urinando no episódio anterior. Ran sugerindo que Fjor se retirasse para que ela pudesse curtir com os jovens rapazes no baile. Nuances assim me deixaram chocado. E o fato de Laurits já se apresentar gay sem dramatizar a questão por parte da obra. Achei isso muito interessante.

Comentário geral sobre a 1ª Temporada:
Ragnarok fez muito em apenas 6 episódios. Entendi que o final da temporada foi só o começo da série, tipo o que aconteceu antes da série realmente começar. Acredito também que isso foi para testar a reação do público, para ver se a série teria algum futuro, talvez por isso quis economizar recursos nos efeitos. Tem tudo para a 2ª temporada mostra mesmo para que veio. Mesmo o aspecto Teen que a obra passa, incomodando alguns, ainda assim é outro nível e muito mais madura que produções Teen norte-americanas. Por enquanto é só bom, vamos ver se vinga.

Avaliação: Bom.

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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Mr. Robot: Virtual Reality Experience - 360° (2016) / Curta-metragem

Mr. Robot: Virtual Reality Experience - 360° / Sam Esmail / Excelente!

Dublado e legendado no YouTube:



Ficha Técnica:

Título Original: Mr. Robot: Virtual Reality Experience - 360°
Ano de Lançamento: 2016
Diretor: Sam Esmail
País: Estados Unidos da América
Gênero: Drama

Sinopse:
Spin-off especial lançado na internet que mostra Elliot (Rami Malek) se encontrando com sua traficante Shayla (Frankie Shaw). O criador da série, Sam Esmail, havia adiantando que a cena seria divulgada. Ele comentou que faria uma cena "bem íntima e focada nos personagens".

Elenco:
Rami Malek
Frances Shaw

Comentário:
Bastante intimista, foi bom para matar a saudade dessa incrível série. Fã que é fã deve buscar ficar por dentro de tudo. A narrativa tem um tom bastante onírico e meio psicodélica à delicada lembrança de Elliot com a Shayla, o sentimento de culpa dele é enorme com o que aconteceu com ela. Trágica vida humana. Identifiquei-me com o tom do curta.
P.S.: Que trilha contagiante, pesada e triste, ainda mais pelo contexto do fato.

Avaliação: Excelente!

Algumas imagens:




terça-feira, 16 de junho de 2020

Kickboxer: O Desafio do Dragão (1989)

Kickboxer / David Worth, Mark DiSalle / Regular-Bom.
Dublado no YouTube:


Ficha Técnica:

Título Original: Kickboxer
Ano de Lançamento: 1989
Diretores: David Worth, Mark DiSalle
País: Estados Unidos da América
Gênero: Ação, Esporte, Thriller, Artes Marciais

Sinopse:
Kurt Sloane é um jovem lutador de Karatê que ajuda seu irmão mais velho Eric Sloane nos treinos de kickboxing. Após se tornar campeão mundial dos pesos pesados, Eric vai para a Tailândia defender o título, enfrentando o invencível "Tong Po". Durante a luta ele é grave e covardemenete ferido, ficando paralítico. Em busca de justiça, Kurt decide defender a honra da família no ringue, se submetendo a um pesado treinamento de Muay Thai com um famoso mestre local, chamado Xian Chow.

Elenco:
Jean-Claude Van Damme
Os outros atores não vingaram

Comentário:
O desejo de repetir a fórmula do classico "Bloodsport", para mim, não deu muito certo. Mais um típico filme de Van Damme que envelhece mal com o tempo, é "muita baboseira", como diria o cara do Núclo Dharma, canal no YouTube.

Claro que ainda carrego muitas cenas que marcaram a minha infância, mormente as sessões de treino, como a do coco sendo jogado no abdômen, a abertura torturante das pernas, cena que também virou clássica em "O Grande Dragão Branco", consagrando Jean-Claude Van Damme como o astro do cinema de Artes Marciais de maior flexibilidade, também a parte do Tong Po chutando o pilar é bastante memorável. Além da ênfase à magia das Artes Marciais, unida ao esforço, saúde e pureza, deveras, um tanto exagerada e melosa nos filmes do astro, mas ainda assim bastante inspiradoras.

Um problema que "Kickboxer: O Desafio do Dragão" tem (além desse dislate de título Br) é a pressa e incoerências forçadas, completo plágio de "Bloodsport", dois branquelos vão para a ásia, enfrentam um adversário casca grossa, de índole cruel, caricato e corrupto (esses roteiros dos anos 80, 90 têm um vício mórbido de exagerar os antagonistas como os seres mais mefistofélicos do mundo), um se machuca gravemente para o outro iniciar a vingança angelical (Van Damme), ser conhecido como o grande lutador branco que derrotou o pica das galáxias asiático.

O vilão é fraco e nada convincente, não chegando aos pés do carisma e tom de terror que o Bolo Yeung conseguia passar diante das câmeras, em Dragão Branco. Só parece que Van Damme quis se aproveitar logo do sucesso de "Bloodsport" e fazendo outra fita em sequência com a mesma receita, visivelmente de baixo orçamento, se aproveitando do público pipoca, porém, ganhando muitos negativos com os mais cautos.

O apelo espiritualista das lutas e dos treinos, toda aquela isometria do garanhão, me refiro mesmo ao seu físico em destaque, usando isso como recurso atrativo de audiência e convicção de contexto, apesar de entender a fantasia, esse apelo ainda me agrada. Oras, a magia e o espírito contam, treinar sem espírito não se atinge a transcedência, desviar de golpes com os olhos vendados, aparar balas, suportar dores estarrecedoras, soltar Hadouken, nada disso é possível sem o espírito. Nesse sentido, a magia marcial dos filmes de Van Damme é mesmo sedutora, embora piegas e excessivamente dramática.

Mais um problema que me incomoda em Kickboxer é a ridicularização à Tailândia e a visão pejorativa que eles fazem às mulheres tailandesas (tal como eles fazem com as nossas mulheres), nem mesmo as enfermeiras se salvam. Há uma cena que foi cortada nos canais brasileiros, que o Eric passa a mão na raba da enfermeira, ela se assuste e ri, o médico ao lado dela rir também da brincadeira, "está tudo bem, é só um americado gaiato", como se a cena estivesse dizendo essa frase. Isso tudo pode ser visto como denúncia, o país é conhecido como a capital mundial da prostituição, todavia, não consegui deixar de ter a impressão que eles se aproveitam disso para enaltecer ainda mais os Estados Unidos da América como o país de mocinhos (mesmo que sejam um pouco travessos, afinal, é só uma vadiagem do bem) VS o país dos degradados em todos os níveis.

Apesar de minha dura crítica, vejo Kickboxer como um bom filme de Artes Marciais, ao bom estilo Jean-Claude Van Damme em forma, mesmo com aquela vergonhosa luta de tanguinha no final, pretexto lastimável para JCVD pagar bundinha, kkkk. Jô Soares até brincou com ele em uma entrevista, rs.

Avaliação: Regular-Bom.

Algumas imagens:


Será que ele não tem vergonha? :/


Alucinado, kk

Jean-Claude e sua isometria muscular

Rambo: Até o Fim (2019)

Rambo: Last Blood / Adrian Grunberg / Excelente!

Torrent Dual-Áudio com legenda: https://www.comandostorrents.com/rambo-ate-o-fim-torrent-2019-dublado-legendado-4-de-janeiro-via-torrents

Ficha Técnica:

Título Original: Rambo: Last Blood
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Adrian Grunberg
País: Estados Unidos da América
Gênero: Drama, Ação, Thriller

Sinopse:
O tempo passou para Rambo (Sylvester Stallone), agora ele vive recluso e trabalha em um rancho que fica na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Sua vida antiga marcada por lutas violentas, mas quase sempre vitoriosas, ficou no passado. No entanto, quando a filha de um amigo é sequestrada, Rambo não consegue controlar seu ímpeto por justiça e resolve enfrentar um dos mais perigosos cartéis do México.

Elenco:
Sylvester Stallone
Adriana Barraza
Paz Vega
Yvette Monreal
Louis Mandylor
Óscar Jaenada

Comentário:
Nossa! Gostei tanto desse Rambo, mais tanto, que tive que colocar em 2º lugar no meu TOP da franquia, superando até mesmo o primeiro filme. Bem, essa decisão ainda não está certa, talvez esteja sendo levado pela emoção do momento, no entanto, razões pelas quais escolho fazer assim, que nessa altura do campeonato, torna-se muito difícil surpreender com uma personagem que marcou gerações e assusta em ver que John Rambo ainda tem muita lenha para queimar, e como! Li alguns comentários de pessoas que odiaram a obra, muitos assistiram sem ao menos ver todas as películas da saga, assim fica difícil compreender a profundidade, aversão à sociedade, revoltas, traumas, calejamento do espírito e toda violência de Rambo. Pior, alguns até viram ufanismo e preconceito por Rambo massacrar criminosos mexicanos, até mesmo conservadorismo X liberalismo, um velho sisudo isolado, conservador, que carrega os valores de um homem bruto das antigas, afastado do mundo, vai para a cidade só para derramar muito sangue. Incrível como paranoias ideológicas e políticas não sossegam nem mesmo em uma fita cujo tema principal é vingança, não enxergam o contexto do roteiro em si, mas procuram ver paranoicamente o que está atrás das cortinas, elaboram significados absurdos até mesmo onde não têm. No mundo de Rambo, a lei que reina é a da injustiça e da morte, ele foi o único que conseguiu sobreviver nesse inferno porque se permitiu virar o próprio inferno em forma de gente. Apesar disso, soube seguir em frente sendo um homem amável, formando uma família adotiva, criando Gabrielle como a própria filha, essa relação resgatou o homem civilizado que estava perdido dentro dele. Acham mesmo que se ele perdesse esse elo tão mágico da forma covarde e ultrajante como perdeu, não teria todos os motivos para agir com tanta crueldade? Cada facada que Rambo dava naqueles patifes era como se eu mesmo estivesse dando, minhas mãos tremiam e até as caretas do Stallone inconscientemente fazia, tamanha sinergia tive com "Las Blood", tal intensidade não tinha como sentir em "First Blood", que é ótimo e incrível, a carga dramática desse último filme é muito mais acentuada. Aquela cena final então, é um deleite, ao estilo "Esqueceram de Mim" para terror, rs. Obrigado Stallone por nos presentear com o melhor jeito Rambo. Vida e saúde longas ao Sly! Fichou com chave de ouro a franquia.

Meu TOP da franquia:
1) Rambo: First Blood Part II (1985)
2) Rambo: Last Blood (2019)
3) First Blood (1982)
4) Rambo IV (2008)
5) Rambo III (1988)

Avaliação: Excelente!

Algumas imagens:




Já pensou se a flecha solta da mão dele sem querer? :/