Viridiana / Luis Buñuel / Excelente! |
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Legenda: http://www.opensubtitles.org/pt/subtitles/3658195/viridiana-pb
Ficha Técnica:
Título Original: Viridiana
Ano de Lançamento: 1961
Diretor: Luis Buñuel
País: Espanha
Gênero: Drama
Sinopse:
Às vésperas de ser ordenada freira, Viridiana passa uns dias na mansão do seu pervertido tio, que, obcecado com sua beleza, tenta seduzi-la de todas as maneiras. Com a morte repentina do tio, desiste da vida religiosa, indo morar na mansão. Movida pelo espírito de caridade cristã, ela abriga e alimenta todos os mendigos da região. Porém, os miseráveis não se comportam do jeito que ela esperava.
Comentário:
Um filme repleto de sutilezas, com cenas fortes e polêmicas
que nos surpreendem até mesmo em nossa época, ainda mais por repararmos que o
impacto das impressões não deve necessariamente ser apelativo. “Viridiana”
realiza esse feito com certa classe e, paradoxalmente, tendo um efeito até mais
profundo. Quantas metáforas assustadoramente bem trabalhadas e que nos dão
brechas a inúmeros significados. Acho que uma das primeiras foi o contato da
virgem com o “órgão sexual masculino”, quando que por curiosidade, instinto e inocência,
ela com mãos trêmulas tenta tirar leite dos mamilos da vaca (hesita até mesmo
em tocar), junto ao homem do lado com feição lasciva incentivando o ato.
Fantástico! O trabalho de câmera foi primoroso nesse momento! O ótimo de filmes
antigos é que não podiam passar a mensagem clara devido à censura e ao
conservadorismo, então grandes realizadores usavam da inteligência para chegar
o mais próximo possível do “ponto x”. O que dizer da alusão a “A Última Ceia”
do Leonardo Da Vinci, com um cristo cego acompanhado por desequilibrados da
baixa sociedade? Em primeiro momento é difícil desvendar a mensagem exata ou
mais próxima, já que cada detalhe ali pode levar a novos sentidos, no entanto,
pode ser interpretada que a natureza viva e primitiva do homem é justamente
aquela de que não passamos de macacos civilizados e que encontramos formas que
encobrem a nossa real condição (Jesus Cristo, seus discípulos e todos nós
humanos). Entretanto, em minha opinião, a virtude não é algo artificial do ser
humano, talvez como o filme tenta passar, pois tudo é natureza, até mesmo as
escolhas de reprimir os instintos e disciplinas isoladas de viver, na verdade, conventos,
religiões, moralismos, filosofias, princípios etc., são outras intenções da
natureza pulsante. Como se o bem e o mal não fossem forças totalmente
distintas, mas ambas fazem parte da mesma natureza, as duas são uma força só. Excelente
obra! Daria para fazer um livro de 200 páginas só com os assuntos tratados
nesse filme.
Avaliação: Excelente!