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Dexter / James Manos, Jr. / Excelente!
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Ficha Técnica:
Título Original: Dexter
Ano de Lançamento: 2006
Ano de Encerramento: 2013
Criador: James Manos, Jr.
Diretores: Tony Goldwyn, Adam Davidson, Keith Gordon, Michael Cuesta, Robert Lieberman, Steve Shill, Tony Goldwyn
País: Estados Unidos da América
Gênero: Drama, Thriller, Suspense, Policial, Mistério
Sinopse:
Valendo-se do fato de ser um expert forense em análise sanguínea e de trabalhar no Departamento de Polícia de Miami, Dexter, de um modo bem meticuloso e sem pistas, mata criminosos que a polícia não consegue trazer à Justiça. A série narra a trajetória de sua vida dupla por meio de flashbacks e, paulatinamente, vai desvelando diversos segredos dos personagens, criando um ambiente de constante suspense.
Elenco:
David Zayas
Erik King
Jennifer Carpenter
Julie Benz
Luna Lauren Velez
Michael C. Hall
Mark Pellegrino
Christian Camargo
Christina Robinson
C.S. Lee
Devon Graye
James Remar
Margo Martindale
Mark L. Young
Preston Bailey
Sam Trammell
Sam Witwer
Tony Goldwyn
Comentário da 1ª Temporada (2006):
Comentário sobre a 2ª Temporada (2007):
Dinâmica,
tensa, inteligente, tenebrosa, reviravoltas, suspense, adrenalina,
inquietação e vários outros adjetivos poderiam servir como epítome
para essa segunda temporada de Dexter. Desculpem a empolgação,
todavia, em quase todo fim de episódio, eu soltava um “agora fu***
tudo”, tamanho alvoroço que a trama criava em torno dos eventos.
O
roteiro quase uma obra-prima, se é que me permitem defini-lo assim.
Equação perfeita na construção de um clima de suspense que durou
a temporada praticamente inteira, o tempo todo girando em torno se
Dexter seria pego ou não, melhor: “E agora Dexter?” Os
Cliffhangers e Plot Twits sabiamente utilizados, como se tirassem
sarro de nossa noção de huminidade e o quanto somos facilmente
enganados com meras desculpas de o protagonista só trucidar
assassinos hediondos. A construção da personagem principal é tão
bem sucedida, nos mostrando um Dexter calma e carismático, que
apesar dele sempre insistir que não tem sentimentos, ainda assim não
conseguimos levar muita fé nisso, já que em vários momentos ele se
comporta de um jeito bem oposto e emotivo. Brinca com a nossa noção
de humanidade, queremos um Dexter livre e dilacerando criminosos, ao
mesmo tempo que queremos o mal daqueles que querem capturá-lo,
Doakes. Toda essa psicologia ficou bem clara nessa Season 2.
Quanto
aos personagens secundários, a série não abriu mão de
trabalhá-los. E uma das melhores foi a Debra, que vivenciou o seu
estresse pós-traumático de um jeito bem congruente com o seu modo
grosso de menina caipira, aliás, essa é uma característica que eu
adoro nela, aberta, escrota, forte, inocente e meio burrona. Anda
sempre competindo com o Dexter e procura se firmar através dele,
buscando algo que faça melhor que ele. Até o seu relacionamento com
o Lundy teve uma dose de motivação nisso. Angel e Masuka, não
tenho muito a dizer. Angel é o queridinho do grupo, sendo bem visto
como alguém puro que nunca mente e procura sempre jogar limpo, sem
trapaças, o nome o próprio diz. Masuka é o nerd estranho
pervertido do grupo. Acredito que assim como o Doakes, eles serão
pontas de lança para o Dex no futuro. Não poderia deixar de falar
do Doakes (peço a você caso ainda não tenha assistido, pare de
ler, pois vou soltar spoilers), eita sujeitinho que nos tirou do
sério durante a temporada inteira, apesar de sabermos que ele estava
só fazendo o trabalho dele, o seu modo arrogante com o Morgan também
nos insultava. Porém, morri de pena dele no final, apesar de tudo,
não merecia o destino que teve. A Lila talvez tenha sido a principal
vilã dessa Season, uma genuína loba em pele de cordeiro.
Desestruturou a base de várias personagens, Dexter, Deb, Rita e
Angel. Uma lógica que tenho percebido desde a primeira temporada,
algum psicopata sempre acaba conhecendo Dexter, na Season 1 foi seu
irmão Ice Truck Killer, e nessa, numa outra roupagem a Lila, dando a
entender na terceira teremos mais algum vilão com tal distúrbio.
Será que alguém dará certo com o Dexter Morgan? Verei em breve.
Adorando
também a trilha sonora, que influenciou até meu comportamento
ultimamente. Oh, my God! Help me!! (Risos!) Sério! Trilha linda e
ótima, todo aquele ar mórbido e sinistro é transmitido através
dessas vibrações sonoras. Detalhe pessoal, passei a ser mais
organizado com as minhas coisas, acho a meticulosidade de Dexter
exemplar e junto com essa trilha, ela ganha mais brilho. Essa
engenhosidade aplicado positivamente em boas áreas, é um grande
auxiliar para o sucesso.
A
Season Finale foi morna apesar de ocorridos bem determinantes, como o
fatal assassinato ao Doakes e a “justiça” de Dexter nos últimos
minutos. Daí percebemos que em meros 5 minutos muito pode acontecer.
Foi impressionante como o caso do Bay Harbor Butcher teve uma
conclusão razoavelmente singelo em comparação a todas as proezas
que Dexter fez para não ser capturado, ou seja, ele não deixou
nenhum rastro. No mais, a conclusão que chego é que essa temporada
foi levemente superior à primeira, o que achei que seria bem difícil
depois do arco do Ice Trucker Killer. Nota 4.4/5.
Avaliação: Excelente!
Comentário sobre a 3ª Temporada (2008):
Bem,
como não é nenhuma novidade, podemos dizer que até agora essa foi
a temporada mais morna, moderadamente arrastada e uma visível
economia de recursos, como criatividade e tensão. Talvez os
roteiristas precisavam dá uma descansada nos neurônios já que eles
nos entregaram o ápice do suspense nas temporadas anteriores,
qualidade impecável. Não obstante, muito longe de ser uma Season
dispensável, já que ela aborda assuntos muito relevantes para a
trama, como a amizade, confiança e conflitos morais.
Eu,
particularmente, gostei da Season, embora previsível. A série tem
seguido uma fórmula que deu muito certo nas temporadas passadas, no
entanto, repetiu o mesmo desfecho na terceira, embora com muito menos
adrenalina, o que tirou um pouco do alento, ao meu ver.
[OBS.:
Peço que pare de ler esse comentário caso ainda não tenha
assistido, pois virão Spoilers. ]
Entretanto,
Dexter é uma personagem tão carismática que me envolvi
completamente com ele, em como ele lida com a vida e seus problemas.
Há grandes lições a serem aprendidas aqui. *Claro, tirando os
tutoriais sobre como matar sem deixar vestígios.* Fiquei satisfeito
com o desfecho e a grande curiosidade que fica no ar: como será o
desempenho de Dexter como pai?
Quanto
a fórmula que me referia, que é bem patente, diga-se de passagem, é
a que Dexter sempre tenta criar ligações do seu ser monstruoso com
as pessoas que se aproximam. Fica viisível que ele não quer ficar
só nesse ramo. Se há algo de muito positivo nessa temporada é que
acaba de vez com esse vazio e necessidade de compartilhar seus
segredos com alguém, mesmo aqueles que se dizem mais preparados. Até
agora foram três confirmações, seu irmão Ice Truck Killer, sua
amante Lila e o seu “melhor amigo” Miguel Prado. Teremos uma
quarta? Espero que não. A história precisa seguir um novo rumo. Há
também um certo mau gosto do roteiro e com essa economia de
recursos, tal como a criatividade e a gritante previsibilidade. A
temporada só mostrou para que veio mesmo nos episódios finais, o
que não salva tudo. O jeito é se contentar com esse manjado Plot
Twist de Dexter sempre matar os que conheceram os seus segredos. Quem
ver de fora o caso Dexter, sem prestar atenção ao contexto, o verá
mesmo como um assassino frio, matou seu irmão e irmão de seu
“melhor amigo”, sua amante e seu “best friend”.
Debra
e Angel, além do Miguel Prado, é claro, foram as personagens
coadjuvantes que mais chamaram atenção. Debra começou com um
visual mais empoderado, independente, talvez mostrando algum
aprendizado com o Lundy. Pura encenação. É uma personagem
adorável, entretanto, cabeça-oca e muitas vezes irritante. O chato
é que sempre tentam empurrar personagens para Deb se envolver
sexualmente, ITK, marmanjo de academia, Lundy e agora esse tal de
Anton. Chega! Parece que não se controla. Não conseguiram ver que
esse planejamento para a Deb está lastimável? Ela merece coisa
melhor que isso, não uma ninfomaníaca que não aguenta ver uma
bengala.
Angel
é lindo, de alma, digo. É uma personagem que sentimos vontade de
abraçar e chamar de amigo. Tem os seus erros e não esconde. Não é
atoa que uma vez Dexter disse que se um dia pudesse escolher ser
outra pessoa, ele escolheria ser o Angel. Belíssimo o jeito dele
mostrar sua carência e a forma como ele conquistou a oficial Gianna.
Um ser humano maravilhosos. Só tenho qualidades para dizer do Angel.
“Algumas portas devem permanecer fechadas.” Além disso, sensato
que aceita conselhos.
Masuka
é um caso quase sem esperanças, rs. Que japa engraçado do carai*,
kkk!! Apesar de sua escrotidão, ele é uma excelente pessoa e muito
inocente. Deseja ser considerado pelos seus amigos e ficou bastante
magoado quando ninguém compareceu em sua palestra. Inclusive, a cena
dele jogando na cara sua frustração para Angel e Deb foi demais.
Espero um desenvolvimento melhor para o Masuka na próxima temporada.
E
esse Quinn, hein? Quem ele é mesmo? O substituto do Doakes apresenta
uma arma até mais letal que músculos do finado policial. Ele sabe
muito bem jogar com a mente. Seria ele um daqueles papéis que chegou
de mansinho aparentemente cínico e com muita malícia, só que nos
conquistará com o passar do tempo? Estou muito curioso para
descobrir isso.
Dexter
como pai? Curiosidade à mil. Chegou a hora da mais aclamada
temporada de Dexter, que rendeu um Globo de Ouro a Michael C. Hall.
Partiu!!!
Avaliação: Bom.
Comentário sobre a 4ª Temporada (2009):
Seria um pecado de minha parte dizer que achei
essa temporada um tanto que superestimada? Perdoem-me, não obstante,
achei exagerados os clamores. A começar pelo ritmo lento que toda a
Season teve, exceto as cenas que envolviam Dexter se aproximando do
Trinity e os desdobramentos que isso teve. Sem dúvidas que o Arthur
Mitchell foi o vilão mais cruel até então, superando o Ice Truck Killer
pelos seus métodos totalmente desumanos, todavia, deixou a desejar em
termos de suspense, quesito responsável por me fazer viciado na série.
Nessa questão, Doakes e Lila na primorosa segunda temporada tacaram
muito mais o terror. Quando soube de comentários dizendo ser o melhor
ano da obra, lógico que estava esperando um ritmo de tirar o fôlego como
na 2ª temporada, praticamente em cada final de episódio, dizíamos:
“Agora lascou tudo!” Sem contar com o final anticlímax total, beirando o
mau gosto que o entretenimento tem mostrado, desnecessário. Comentarei
isso abaixo. SPOILER ALERT!
Um diferencial interessante no roteiro da Season 4 é a honestidade
com o espectador e mudança de conduta. Logo no primeiro episódio já nos é
apresentado a figura antagonista elementar, Trinity em ação, em uma
perturbadora cena de impacto, dele assassinando uma jovem na banheira,
banhada de sangue. Esse fator chamativo da série não nos enrolar com
isso, só fez ganhar pontos de credibilidade, ao invés de fazer Dexter de
“refém” (tal como ocorreu na 1ª temporada, ITK dominando tudo), agora
era a vez do Dexter estar passos à frente, dando aquela gostosa sensação
do Arthur na palma de sua mão. Porém, essa aparente tranquilidade e
segurança só desacelerou o ritmo da trama, acomodando o Dexter de que
ele não precisaria ter pressa, pois tinha o que aprender. Toda essa
conduta seria primorosa em um bom desfecho, coerente com o que foi
apresentado. Os Plot Twists continuam ótimos, como naquela cena do Dex
finalmente mostrando o Dark Passenger para o Arthur e sua família, no
primoroso 9º episódio (Hungry Man), e o mesmo sendo descoberto pelo
Trinity no 11º episódio (Hello, Dexter Morgan). Gente! Que cenas
poderosas, valeriam pela temporada inteira.
Minha implicância fica com o final, nos últimos minutos da Season,
que para mim, beirou muito o mau gosto, contradizendo todo o cuidado que
a série teve até o momento apresentado. E claro, não sou infantil ao
ponto de não aceitar a morte de uma personagem, a morte é isso mesmo,
inesperada. Entretanto, se tratando de uma personagem importante como a
Rita, que se tornou um dos pilares do Show, era preciso um cuidado mais
considerável. Deu a entender que os roteiristas quiseram nos entregar um
“presentinho” (de muito mau gosto, repito) no final do capítulo, “estão
achando que tudo vai acabar assim, olha aqui o presentinho que
preparamos para vocês.”. Meu, ridículo, lastimável final. Ok, tinham que
matar a Rita? Uma morte como a do Lundy funcionaria muito bem,
conservando a mesma metodologia do Trinity, e algo mais importante, não
apresentando a morte dela como presentinho ou surpresinha, mas fazendo
parte primordial da trama. Olha que maneiro seria, a personagem não
morrendo em vão, Arthur descobrindo toda a vida de Dexter no penúltimo
episódio, aumentando a tensão ao extremo, conseguindo passar por cima de
Dexter e capturando a Rita. No último episódio, Dexter completamente
devastado, incluindo também que Astor e Cody já estavam cientes do
ocorrido com a Rita, um episódio tenso que terminaria com o triunfo de
Dexter, finalmente esquartejando Trinity. O modo como ocorreu fez com
que meu “niilismo” ressuscitasse. Final de mau gosto e desnecessário.
Não preciso mais ver a quinta temporada para saber o declínio que a
série terá, pois o grande barato era ver a trama com um Dexter casado,
pai de família, aprendendo sobre emoções humanas e conciliando tudo isso
com o seu Dark Passenger. Tudo perdeu o sentido agora. Toda aquela
expectativa que um dia a Rita saberia sobre o lado oculto do Dex e como
ela se comportaria, foi tudo por água abaixo. Uma pena. Vou continuar
assistindo porque talvez eu chegue a uma conclusão diferente, já que
minha opinião sobre a 4ª temporada foi bem diferente da maioria
esmagadora.
Quanto a trama das personagens, o mais inesperado foi o romance do
NADA de Angel com a sonsa da Maria. Tenho uma birra com a Maria
Laguerta, acho ela uma personagem essencialmente baixa, que mantém uma
certa postura aprendida quando tudo está de acordo com os seus planos,
não obstante, quando uma peça sai fora do lugar ou quando tem alguém
pegando no seu pé, ela “roda a baiana” e mostra a sua vil impostura.
Lastimável que o Angel aceitou esse papelão. Pior que os romances da
Deb, pelo menos nos da Deb não aconteciam em Offscreen. No do Trinity
apresentou aquele carisma que todo Serial Killer de primeira tem, de
que, o quanto essa pessoa seria perfeita se não tivesse esse lado
obscuro. Com uma aparente boa relação familiar, que o Dexter ficou
intrigado, para uma mudança total de panorama, nem mesmo a sua família o
suportava. O que me deixou com um ponto de interrogação, se o Arthur
tinha mesmo uma relação abusiva com a família, porque a narrativa fez
questão de mostrar a mulher toda alegre com ele na banheira? Não parecia
que ela estava fingindo.
Atuações impecáveis do Michael C. Hall e do John Lithgow,
merecedores inquestionáveis dos prêmios que receberam. A Jennifer
Carpenter (esposa do Michael C. Hall de 2008 à 2011) também não fica
atrás, aquela cena de desespero que ela interpretou entrou para sempre
em minha memória.
O que espero para as próximas temporadas é nada melhor que isso,
possa ser que façam um desfecho legal quando o Dexter, finalmente, for
descoberto por todos. É o ápice para mim. Queria muito partilhar da
opinião da maioria que diz que a quarta é a melhor temporada, ainda
continuo com a segunda.
Meu TOP até agora:
1) 2ª Temporada
2) 4º Temporada
3) 1ª Temporada
4) 3ª Temporada
Avaliação: Excelente!
Comentário sobre a 5ª Temporada (2010):
Well,
que os haters me perdoem, não obstante, ainda bem que não segui a
recomendação de parar na 4ª temporada, ainda continuo firme com
Dexter, a trama ainda tem sentido. Já tinha registrado aqui a minha
indignação com a Season Finale do 4º ano, naqueles desnecessários
minutos finais. Entretanto, a 5ª temporada conseguiu justificar um
pouco aquela retirada, dando a oportunidade para o Dexter mostrar
para alguém em que confia o seu Dark Passenger, e o melhor, pela
primeira vez, alguém ficar realmente vivo após o conhecimento desse
segredo.
Roteiro
tipicamente previsível, um tanto menos complexo do que foi a 3ª
temporada com o louco do Miguel Prado. SPOILER ALERT. Aqui a história
parecia que seguiria o mesmo rumo do que foi a Season 3, Dexter
partilhando seu Dark Passenger e essa pessoa participando do ritual.
Lumen foi a grande exceção. Conheceu o Dexter genuinamente como é
e sobreviveu. Gostei muito de como tudo foi construído, a base foi
edificada com muito zelo, tijolo à tijolo, bem diferente do que foi
com a relação mais nada a ver de todos os tempos, Angel e Maria.
Fiquei levemente penalizado que o Dark Passenger da Lumen foi
dissipado após ter conseguido a sua vingança, fiquei mais triste
pelo Dex, que já não aguenta mais ficar sozinho. Parece que ele, de
fato, se apaixonou pela primeira vez. Até aqui, a série convenceu
que o quanto ele pode sentir, na verdade, o Dexter pode tem
sentimentos bastante intensos, até mais que as pessoas comuns, a
questão eles estão bem adormecidos pelo trauma.
Aqui
temos uma grande zoeira com os coachs de desenvolvimento pessoal que
acreditam em fórmulas diretas para lidar com as dificuldades da
vida. Creio que fórmulas sejam relevantes e nos ajudam a ter uma
direção, todavia, fazer disso a religião do século 21 é algo a
se refletir com mais cuidado. Quantos Jordan Chase devemos ter por
aí, hein? O vilão dessa temporada até que teve carisma.
Adorando
a Deb, que está cada vez mais experiente em sua profissão, ainda
continua com as mancadas de se relacionar impulsamente, contudo, Deb
tem mesmo uma fibra, uma garra que encanta. Foi como o Quinn disse,
ela é como um “cara”, com ela ele não precisa fazer joguinhos,
pois o que ela pensa e sente, não disfarça, geralmente expressa
tudo com meia dúzia de palavrões escrotos e desconhecidos (Risos!).
O Quinn tem me surpreendido positivamente, não o vejo mais como
aquele babaca que se apresentou na Season 3 e um pouco na quarta. É
uma personagem Plot Twist. Ele está aprendendo a ser sincero e
confessa o seu mau-caratismo em alguns momentos.
Faço
questão de formar um tópico especial para a minha querida birra:
Maria Laguerta. Eita, mulherzinha. Sem chances de gostar dela. Toda
aquela minha desconfiança se provou ter sentido. Tinha identificado
essa sua falha de caráter em momentos bem antes, uma sonsa, fingida,
que só pensa na própria carreira e já provou o quanto é capaz de
se rebaixar por isso. A mulher, cujo dote especial é fazer o “the
best blowjob”, só mantém a postura quando tudo é conveniente a
ela. Espero mesmo que mude, odiaria finalizar a série tendo
implicância com alguma personagem que faz parte das relações de
amizades do Dexter.
P.S.:
Somente eu percebi a introdução de uma nova trilha sonora? Talvez
fosse apenas para a Lumen ou a nova fase solitária do Bay Harbor
Butcher.
Uma
coisa que estava esquecendo de comentar é sobre o quanto o Dexter
esteve perto de ser descoberto, nada mais será como aquela
alucinante segunda temporada, porém, até que me lembrou a dinâmica.
Um ponto errôneo que considerei até uma falta de respeito com o
espectador: como assim que a Debra esteve a poucos passos de
descobrir o casal vingador (Dexter e Lumen) e não ter feito a menor
questão de pelo menos ver o rosto deles? Não me parece ser
característica da Deb. A explicação foi Deus (ou o demônio)
protegendo o Dexter ou a Deb, de fato, se emocionou demais com o caso
e se simpatizou com os vingadores, entendendo que o quê fizeram era
mais do que justo. Em alguns momentos o roteiro justifica isso.
Espero
que as próximas temporadas não sejam tão ruins como vários
alertam. Até então, considero essa Season 5 ainda dentro dos
padrões da série.
Avaliação: Bom-Excelente!
Comentário sobre a 6ª Temporada (2011):
Nunca
vou esquecer minha reação inusitada e surpreendente com a Season
Finale dessa temporada. Fiquei literalmente em choque. Mesmo sabendo
que um dia tudo isso iria acontecer, a gente espera que nunca
aconteça. E agora? O que será daqui para frente? O cliffhanger nos
últimos minutos teve êxito em potencializar esse efeito de dúvida
e ansiedade para conferir a próxima temporada. Talvez o termo
“cliffhanger” não esteja totalmente certo nesse contexto, não
obstante, me refiro mais à tomada de decisão da Debra. O que ela
irá fazer?
Diferente
da maioria, para mim, a série Dexter ainda continua valendo. Na
verdade, estou tendo dificuldade de entender a razão das críticas,
a temporada entregou bizarrices, suspense, mortes criativas, abordou
uma questão fundamental que antes não tinha nem tocado, mesmo
levemente, no que se refere ao posicionamento moral e de crença do
Dexter. Em que Dexter acredita? Em seu código? O Código Harry é a
sua religião? Eu, particularmente, gostei demais dessa abordagem,
intensificada ainda mais pelo brother Sam. Mesmo repetindo a fórmula
batida que a série não abre mão de jeito nenhum, de Dexter sempre
encontrar alguém aleatório que o ajude a refletir sobre o seu Dark
Passenger, e claro, compartilhar seu segredo com alguém. Essa talvez
seja uma das maiores críticas para a série. Contudo, ainda não
cansei dessa frenesi do Dex.
ALGUNS
SPOILERS. CUIDADO!
Não
foi exatamente um compartilhamento como ocorreu com a Lila, Miguel
Prado e Lúmen, mas irmão Sam teve um papel muito importante nas
reflexões de Dexter sobre o seu Dark Passenger, não era necessário
Dex dizer uma só palavra, brother Sam conseguia ver sua escuridão.
O diálogo direto que eles tiveram quando estava se conhecendo me
deixou bastante admirado pela sinceridade do Sam. Isso tocou o Dexter
de tal forma conquistando completamente sua simpatia. “Ele mudou,
poderia eu também mudar?” Gostei dos pequenos Plot Twist dessa
relação.
Falando
em Plot Twist, com certeza o ápice foi o arco do Travis Marshall e
professor Gellar. Claramente uma referência à Psicose, do Alfred
Hitchcock. Algo interessante acontece no episódio “Nebraska”,
nos dando uma dica matadora do que realmente estava acontecendo.
Dexter vai parar num hotel cujo proprietário se chama Norm. De todos
os nomes possíveis, por que Norm? Dono de um hotel? Claro que se
referia a Norman Bates. O mais curioso ainda foi que no meu grupo de
comentários ninguém falou esse fato. Como assim?
Voltando
ao compartilhamento do Dark Passenger, sem dúvidas que ficará nas
costas da Deb. Nossa, como desejei que ela nunca descobrisse!
Provavelmente esse será o foco da temporada posterior. A série
finalmente chegou nesse auge do desconforto, não que seja ruim em
termos de qualidade, porém, vou levar um tempo até digerir essa
situação.
Problematizando,
até que tiveram algumas “forçações de barra” gritantes nessa
temporada, Dex se arriscando demais, sendo muito descuidado,
assassinatos ao ar livre e ninguém para testemunhar, até mesmo pelo
Plot do Travis. Há uma cena do último episódio que subestima a
inteligência do espectador: Como assim que ninguém investigou mais
a fundo a moradia onde um casal foi encontrado morto, com o quadro do
Dexter bem perto? E dizer para a gente que apenas estava esperando o
Dexter chegar? Putz, imperdoável. Tinham que escontrar outro caminho
mais justificável.
Sobre
personagens, começar a falar sobre a Maria LaGuerta, a ordinária.
Claro que eu como hater de carteirinha, não poderia deixar de lado.
A criatura só piora com o passar do tempo, passa por cima de tudo e
todos, desconsiderando qualquer tipo de ética que possa ter. Já
tinha dito em temporadas passadas que acho difícil algum Plot Twist
no valor da LaGuerta, entretanto, como a série sabe (quando quer)
construir bons “twists”, talvez eu quebre a cara.
O
Quinn parou de crescer, chegou como que não queria nada, até o
odiamos quando começou a revelar seu mau caráter, mais tarde
mostrou qualidades que não víamos e deu uma grande evoluída.
Resolveram estragá-lo com a recusa da Deb sobre o pedido de
casamento que ele fez. Deu aquela impressão de que todo o trabalho
foi jogado na lata do lixo. Ou só serviu para mostrar o quanto ele
se importava com a Deb, a ponto de ir ao fundo do poço por causa
dela.
Masuka
e Angel continuam na mesma, e claro, adorei a postura do Angel ao
apoiar a promoção da Deb. Claro que ele estava mais preparado, não
obstante, aceitou numa boa e ficou feliz pela amiga. Isso sim é
exemplo de um ser humano que queremos ter por perto. Não precisamos
passar a perna em ninguém para conquistarmos o nosso objetivo.
Espero que o Angel só cresça.
Estou
muito desnorteado sobre o futuro da série após essa Season Finale,
foi como um nocaute para mim. Estou mais pensando que a série vai
focar muito na relação Dexter e Deb. Muita coisa vai mudar para
eles. Algo me diz que tudo vai acabar muito mal, Dexter e Deb serão
profundamente quebrados e não quero que nada disso aconteça.
Enfim... São coisas da vida, tanto real como fictícia.
Atingindo
esse ápice, é quase impossível abandonar a obra de TV nessa altura
do campeonato, mesmo que muitos tenham tido certa implicância.
Dexter, até aqui, ainda tem salvação e acredito que teriam boas
razões para fazer uma excelente Series Finale, todavia, pela opinião
da maioria, sei que não será isso que acontecerá.
Conferindo...
Avaliação: Bom-Excelente!
Comentário para a 7ª Temporada (2012):
Ok, motherfuckers! Vamos para mais uma temporada de Dexter. Uau! Quanta coisa, quanta loucura. Quanta baboseira também e quanta “burrice” do protagonista em alguns momentos. Não obstante, posso dizer que até mesmo nessas “burrices” ele é um gênio da autoanálise, tem plena consciência de tudo que está fazendo, inclusive dos riscos. Acredito que foi uma temporada mais para mostrar o lado sentimental que foi desenvolvido em Dexter e consequências disso, principalmente para dá ainda mais impacto ao “plot twist” na aceitação da Deb (falarei disso abaixo). No mais, uma boa temporada, sim, me causou raiva e decepção em algumas situações, todavia, creio que a série conseguiu se virar bem e contornar o que antes não seria visto com bons olhos.
SPOILERS, MOTHERFUCKERS!!
O Plot Twist usando a Deb como recurso principal foi mesmo marcante, em temporadas passadas jamais imaginaríamos que ela um dia compartilharia do Dark Passenger do irmão. Hoje em dia ela não só fala disso, como encobre tudo, avisa ao Dex o que estão investigando e chegou até a pedir um “favorzinho” para ele. Essa é a grande virada. Até esse momento o Dexter estava caidinho pela cretina da Hannah, o que é um absurdo e subestima a inteligência do espectador com aquele papo repetido de que ela o aceitava inteiramente. Oras, a Lila e a Lúmen também o aceitou e não ficou tão perceptível essa “paixonite” toda. Não consigo deixar de ter a impressão que tudo isso surgiu somente no meio da produção, os roteiristas devem ter pensado que ficaria interessante se o Dexter se apaixonasse para gerar um conflito na Deb, no sentido de que, se antes a irmã desaprovava o que ele fazia, agora tinha ela implorando para ele fazer o que faz. Para ele fazer justiça! E o mais legal é que ficamos do lado da Deb, porque a maioria de nós também queria a Hannah morta. Pensando por essa perspectiva, passei a não implicar muito com essa paixonite, pois foi só recurso de roteiro.
Algo também a se ressaltar foi a possibilidade do Dark Passenger não existir. Na verdade, sendo apenas uma forma piedosa do Dex conseguir viver bem com o que faz, o que geralmente não tem muito sentido se for considerar psicopatas, pois eles não sentem remorso. Porém, Dexter sente. Como assim? É como se o ser humano normal estivesse bem escondido dentro dele e nesses momentos é patente esse lado. Talvez o Dexter não seja um genuíno psicopata, somente uma pessoa extremamente traumatizada. Nunca vi o Dark Passenger como uma “entidade”, do mesmo modo que o código Harry personificado pela imagem do pai não seja algum espírito externo auxiliador, entretanto, sua própria consciência. O Dark Passenger seria somente a compulsão do vício, por esse prisma, é lógico que ele existe. Eu tenho o meu Dark Passenger assim como a maioria de vocês se formos pensar em termos de vício em alguma coisa, que se não controlado devidamente, nos trará muitos problemas.
Comecei a tomar ranço pela Laguerta desde o momento em que ela se sujeitou a dormir com o marido de sua substituta somente para desestabilizar sua rival (isso ainda lá na primeira ou segunda temporada), aliás, antes disso, quando percebi sua falta de polidez quando as coisas vão contra a sua vontade. Isso me deixou indignado com a personagem. À medida que a história avançava ela ficava cada vez pior no mau caratismo, a ponto de que não era só eu o único hater, contudo, grande parte dos espectadores. Como assim o roteiro teve a grande ideia dela ser a responsável pela captura do Bay Harbor Butcher? Inadmissível. Ela não mereceria tal honra. Acho que foi até melhor a trama nos fazer ter ódio por ela e não se sentir penalizado nem um pouco com a sua morte, podem me julgar, mas não senti nenhuma pena dela. Aliás, sentimos mais pena da “assassina” que propriamente da vítima. Coitada da Deb por entrar naquele dilema, agora sim ela está totalmente quebrada por dentro.
A caçada de LaGuerta me lembrou demais daquela adrenalina de pulsar o coração para fora da boca, assim como foi aquela deliciosa segunda temporada. A minha preferida até agora. Saudades desse arco da série. Juro que acreditei que o episódio final “Surprise, Motherfucker” fosse um grande sinal de que o Dexter seria mesmo preso, não passou de uma genial trollagem, a inteligência do Dexter de se livrar é mesmo impressionante, sentia aquela agonizante sensação de que tudo era armação da LaGuerta e ele seria encurralado bem no final do episódio. O “Surprise, Motherfucker” toi totalmente para a Deb.
Esse trauma da Deb em ter que fazer o que fez é a prova de que ela não poderá mais ter envolvimento com o Dexter. Seria até mais cabível que o Dexter fosse para outro lugar ou mesmo a Deb. Mais lógico da parte dela, evitar trabalhar no mesmo lugar que a LaGuerta trabalhou. Deveras, uma barra muito pesada a Deb irá enfrentar. É uma das personagens mais “fodidas” da série, inclusive, até mais que o Dex em alguns quesitos. Dex matou, matou e matou, não obstante, a pessoa que menos se encaixava no código, aliás, que não tinha traço nenhum de compatibilidade com o código, foi morta pelas mãos de Deb. A série soube construir direitinho todo esse desenrolar até a derradeira tragédia, tiro o meu chapéu pra essa engenhosidade.
E Hannah, hein? Seria uma ponta solta ou um Cliffhanger? Fugiu e deixou uma suspeita planta na porta de Dexter. Tenho uma fortíssima impressão que ela vai vim com tudo para cima dele, em busca de vingança. Também pode descobrir que foi ele que matou seu pai. Seria um final a lá “Romeu & Julieta” entre Dex e Hannah? Espero que não.
Mais uma vez, atuações maravilhosas do Michael C. Hall e Jennifer Carpenter. Fã do Michael eu já sou, da Jennifer eu estou me tornando, vou precisar assistir os outros trabalhos dela. C. Hall até mesmo andando rouba a cena, reparem na classe dele desfilando algemado ao lado da LaGuerta no último episódio. Aquela cena da Jennifer em que a Deb confessava está apaixonada pelo irmão foi mesmo comovente, uma surreal mesclagem de aflição, vergonha alheia, decepção, “broken inside”, incesto, síndrome de estocolmo ao gostar muito do irmão mesmo sabendo do seu Dark Passenger e muita complexidade, somente uma grande atriz poderia causar tais sensações.
O plot do Quinn foi mais para encher linguiça e não teve relevância nenhuma para a trama, somente em mostrar o quanto ele é capaz de fazer merda, todavia, também exibe que ele pode ter um bom coração ao se preocupar com uma prostituta e até mesmo querer ter um relacionamento com ela. No geral, é mais uma relação de amor e ódio com a personagem. Angel esquecido no churrasco, com certa crise existencial e de profissão.
Não poderia deixar de comentar sobre o Isaak Sirko, que considerei um dos antagonistas para carismáticos até agora. Frio, calculista, casca grossa, letal, ordinário e psicopata. O fato dele ser gay só deu ainda mais charme ao personagem. Em outras circunstâncias ele poderia facilmente ter uma boa amizade com o Dexter. Os diálogos entre eles foram ótimos, que o amor está acima de qualquer razão, mesmo que o seu amor tenha cometido erros graves que justificasse tal fim fatídico, ainda assim era inevitável sentir ódio pelo seu assassino, era isso que Sirko queria que Dexter entendesse. Temos outro Plot Twister com o próprio Sirko pedindo auxílio ao Morgan. Aquela cena dos dois conversando no bar gay, onde o Isaak confessa pela primeira vez a sua orientação sexual, foi demais. Tipo, ambos muito perto fisicamente um do outro, os dois querendo matar um ao outro, porém, a classe era maior e nada podiam fazer. Pessoas de classe são outro nível.
Até agora não entendo porque dizem que Dexter acaba na 4ª temporada. Tanto desenvolvimento aconteceu desde então, uns errinhos aqui e acolá, entretanto, tá tudo bem. Dexter é uma personagem tão interessante e complexa, que somente ele já bastaria para manter o meu interesse, ressaltando a atuação do Michael C. Hall que conta bastante.
Continuo firme e forte com Dexter. Vamos para a última temporada e espero mesmo que não seja tão ruim quanto dizem.
Avaliação: Bom-Excelente!
Falando um pouco sobre a trama, recomendo que vocês parem de ler se ainda não assistiram, pois posso soltar alguns spoilers. O protagonista trata-se de um assassino sangue frio típico de um psicopata Serial Killer, aliás, ele o é. Tudo indica que em outras circunstâncias ele não seria. Inicialmente apresentado como alguém sem profundidade, fazendo tudo o que faz por puro capricho. Todavia, à medida que a história progride, vemos o quanto Dexter é perturbado por um trauma visceral que viveu na infância, fazendo-o ter apagões para esquecer aquelas trágicas lembranças. Foi adotado por um agente policial, Harry Morgan, que mentiu sobre sua origem, bem provável que tenha sido para protegé-lo de toda a sua cruel memória. Cresce sendo instruído em um código de conduta de apenas assassinar maus elementos. Durante o percurso ficamos atônitos se Harry girava bem da cabeça ou se era um simpatizante da psicopatia, entretanto, ao descobrirmos a real infância de Dexter entendemos o porquê de Harry ter aceitado tão bem o distúrbio de Dexter Morgan, ele tinha motivos de sobra.
Para dá uma abrilhantada preponderante, temos o Ice Truck Killer costurando as pontas e sendo o protagonista de um desfecho de tirar o fôlego. Esse final foi digno de uma Series Finale, ando achando difícil superar as expectativas nas próximas temporadas.