segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Festim Diabólico (1948)

Rope / Alfred Hitchcock / Excelente!

Não sou profundo conhecedor de Nietzsche, mas acho que esses conceitos de superioridade são bem mal interpretados, muitos levam bastante ao pé da letra. Hitler foi um caso. Em “Festim Diabólico” tem todo um charme envolvendo isso, que o assassinato pode ser considerado como uma arte, embora não faça parte das sete principais. Dentro dos próprios diálogos de Brandon há uma condenação ao assassinato grosseiro, passional. Segundo Brandon, nada tem de super homem nisso. A arte está no prazer de matar com classe, com proeza; atitude que pessoas normais não seriam capazes, pois exige uma “superioridade” de espírito para transcender as barreiras do senso comum. O genial é que o filme quebra em fragmentos toda essa sedução no final, devido ao lancinante diálogo do professor Rupert, que drena toda a morbidez com palavras iluminadas. Um dos votos mais precisos aos bons costumes que se pode existir em um filme.

2 comentários:

  1. Não são mau interpretados. A filosofia de Nietzsche é a filosofia da vontade de poder, no qual as pessoas que podem impor suas vontades, devem impor sem escrúpulos pois eles "podem", são diferente do resto. Isso é uma idéia perversa, daí o ódio ao cristianismo que prega o amor ao próximo (até à aqueles que são "inferiores" segundo Nietzsche, atrapalhando a vontade de poder) não é a toa que Nietzsche é o filosofo do nazismo.

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    1. Hum... Muito obrigado por compartilhar seu conhecimento, muito interessante, vou pensar mais a respeito.

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