sábado, 10 de janeiro de 2015

Nenhum a Menos (1999)

Yi Ge Dou Bu Neng Shao / Zhang Yimou / Bom

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Ficha Técnica:

Título Original: Yi Ge Dou Bu Neng Shao
Ano de Lançamento: 1999
Diretor: Zhang Yimou
País: China
Gênero: Drama

Sinopse:
Quando o professor da escola primária de Shuiquan tem de se ausentar durante um mês, o presidente da pequena aldeia, Tian, apenas consegue encontrar uma adolescente de 13 anos, Wei Minzhi, para o substituir. O professor Gao adverte-a para que não permita que mais alunos abandonem a escola, garantindo-lhe o pagamento de 50 yuan e mais um pequeno extra se for bem sucedida. Minzhi, pouco mais velha que alguns dos seus alunos (do 1º ao 4º ano, na mesma classe), pouco mais pode fazer do que escrever texto no quadro e ensinar uma ou outra canção. Mal a jovem professora se estreia, uma pequena aluna é convidada a ingressar numa escola de desporto e, quase de imediato, Huike, um dos miúdos mais difíceis de controlar nas aulas, é obrigado a ir trabalhar para a cidade, pois vive só com a mãe, que está doente e imersa em dívidas. Minzhi recusa-se a perder outro aluno. Adaptado por Shi Shiangsheng do seu livro.
- Ganhou o prêmio de Melhor Filme - Voto Popular na Mostra de Cinema de São Paulo (1999)

Comentário:
“Nenhum a Menos” tem uma maravilhosa mensagem sobre determinação, sobre o que é esgotar todas as possibilidades para se alcançar aquilo que deseja, porém alguns problemas de construção da personagem principal e da história fazem o filme ser um tanto que irreal. Tudo acontece rápido demais, não dá tempo e nem aprofundamento na relação da Wei com os alunos, de uma hora para outra ela já estava se submetendo a cansativos desafios por eles ou pelo seu singelo compromisso de que mais ninguém saia da aula. Outra interpretação que pode ser feita é que ela não estava se sacrificando por ninguém, era somente uma garota com a síndrome da obsessão pelos próprios objetivos, entretanto, contradiz a menina que era no início, insegura e indiferente. Só que a defesa contra esse ponto de vista é que ela também mostrou essa insegurança na frente das câmeras, mesmo depois de toda aquela obstinação, e que também exibiu persistência no início do filme (dinheiro) para depois se comportar como uma menina tímida. Uma garota que malmente sabia se expressar com estranhos, em um momento depois já estava desafiando-os, assim do “nada”, sem conhecermos ela primeiro? É uma condução perigosa e bem pueril, mas que pode funcionar em um roteiro mais convincente. O problema de “Nenhum a Menos” é falta de convicção, pois a bravura que a menina exemplou no decorrer do filme não era qualquer coisa, não era coisa que todos podiam fazer, logo exigia um grau maior de enraizamento da história que infelizmente faltou nessa.

Avaliação: Bom.

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