quinta-feira, 25 de junho de 2020

Parasita (2019)

Gisaengchung / Bong Joon-ho / Excelente!

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Ficha Técnica:

Título Original: Gisaengchung
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Bong Joon-ho
País: Coreia do Sul
Gênero: Comédia, Drama, Thriller
Gêneros especiais: Confinamento

Sinopse:
Toda a família de Ki-taek está desempregada, vivendo num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos.

Elenco:
Song Kang-ho
Park Seo Joon
Choi Woo Shik
Jo Yeo Jung
Lee Seon-gyoon
Park So Dam

Comentário:
Sem palavras para uma obra de arte de tamanha envergadura, Bong Joon-ho está no mesmo patamar de ilustres diretores sul-coreanos, como Kim Ki-Duk (Primavera, Verão, Outono, Inverno... e Primavera / Casa Vazia / O Arco / Time / Arirang) e Park Chan-wook (Trilogia da Vingança / I'm a Cyborg, But That's Ok / Zona de Risco / Sede de Sangue).

Quando fiquei sabendo que Joon-ho fez "Parasita", responsável por obras interessantes e marcantes como "Mother" e "Barking Dogs Never Bite" (esse útimo um tanto de mau gosto, mas registra bem a polêmica do realizador e seu ácido humor negro), logo associei com a sua película "O Hospedeiro", que apesar de bem aclamada, não tinha gostado. Todavia, em "Parasita" ele acerta com veemência!

A obra usa e abusa de maneira genial com as analogias de um homem rato em Internet como o próprio parasita, uma espécie de ser que não produz, apenas usufrui as produções alheias (cinéfilos chatos e rabugentos também são, brincadeira, rs), achando que tem até mesmo o direito de roubar Wifi. Pessoas com tanta determinação em usar os conhecimentos disponíveis na Web com más intenções podem causar grandes catástrofes sociais (Fake News, Cyberbullying), e pior, uma família inteira compartilhando do mesmo "ideal". Parasitas não perdem oportunidades, não consideram bons ou ruins organismos, eles querem apenas o melhor para eles.

Alto lá! Aqui também não é uma crítica ao uso da Internet (quase ninguém falou disso), o que inicialmente aparentava ser uma análise à pessoas oportunistas querendo se dá bem às custas dos tubarões, é igualmente o inverso mais tarde. Depois de pensar um pouco antes de finalizar meu comentário, acredito que seja uma crítica tanto ao capitalismo (tubarões) e ao comunismo (parasitas). Resumindo como ataque as desigualdades sociais na Coreia como no mundo inteiro.

 Bong Joo-ho registra engenhosamente tantas metáforas para justificar o título de sua mais nova obra-prima, que nós, espectadores, ficamos atordoados com tamanha genialidade (diversas vezes dava "stop" só para bater palmas, levantar da cadeira, respirar um pouco, tamanha chuva de sensações estava sentindo).

Outro detalhe instigante é que o diretor mantém a marca que o cinema sul coreano conseguiu nos últimos tempos, de fugir completamente dos itinerários comuns e apresentar gratas e opíparas novidades. Chegava a tal momento em que desejávamos que o desfecho dessa família terminasse em tragédia, pois eles estavam indo longe demais. Só não esperei que fosse a tanto, essa surpresa foi bem gratificante. Desde o princípio, o filme não fez questão de justificar essa degradação e todas essas estratégias funcionaram positivamente. O final da obra é bastante severo, tétrico, simbólico, metafórico e carimba de uma vez por todas que o crime não compensa.

Um filme magistral: 4,5 ESTRELAS!

Avaliação: Excelente!

Algumas imagens:




Nessa cena, quase me apaixono por essa atriz. Coisa linda! :)

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